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Aí, a pessoa resolve prestar prova pro doutorado. Começa estudando 2 horas por dia. 2 horinhas? Moleza! Espreme o dia pra dar conta da roupa, da cozinha, da arrumação. Não dá. Passa pra uma hora de estudo por dia. Mas, precisa arrumar o playroom, guardar a piscina plástica que está há dois séculos secando no quintal. E arrumar os livros. E lavar os banheiros. E aspirar a casa. Passa pra meia hora de estudo por dia. Não tem tempo mais nem de respirar. A pessoa desiste de tentar o doutorado esse ano.
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Aí, a pessoa resolve espairecer pelo condomínio. A vista é linda, mas as casas estão levemente decoradas com esqueletos, túmulos e reunião de fantasmas. Tem até a cabeça de um bebê cortada e ensanguentada "enfeitando" um jardim . Cruz credo.
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Aí, a filha chega cantando a música da "Boa Constrictor". Primeiro, a mãe tenta entender o que a pessoinha está falando. "Boa" pode ser "Bowel", "Bowl", "Bow", "Bowl of"... A mãe pensa em tudo menos em "Boa", que afinal não é uma palavra em inglês. Mas, enfim, a mãe vai ao youtube para cantar a música com a pequena. Qual não é a surpresa da mãe da criança! Trata-se de uma música que fala sobre uma criança sendo engolida por uma sucuri. (Boa constrictor é o nome científico do bicho) Hello? É isso mesmo que estão ensinando nossas crianças? Pode isso, Arnaldo? Vai ser ecologicamente correto assim lá nos headquarters do Greenpeace!
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Aí, a pessoa dá uma olhadinha na página do condomínio no facebook e descobre que pode receber a qualquer momento, a visita inesperada de um jacaré ( sim, apareceu na porta de uma casa no condomínio vizinho), de uma cobra ( aqui no condomínio mesmo), ou de um coiote ( um lobo dessas bandas). Sem contar gambás inofensivos, não fosse pelo aroma. Olha que básico!
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Aí, a pessoa cansada de tanta maluquice, resolve terminar a semana ( ou começar, depende do ponto de vista), tomando um suco verde detox enquanto esculpe a própria abóbora e percebe que está cantarolando a música abaixo.
Coisa de maluco.