Confiram!!
Estão dizendo por aí que este é o ano da mudança. Pra mim,
não.
Em 2016 não
quero saber de mudança. Já mudei muita coisa em 2015. E em 2014 também. E assim foram 2013 e 2012. Mudei de casa, de cidade,
de Estado. Mudei de país, de profissão, de
visto. Mudei até de classe social. E não, não foi pra subir a escada, dessa
vez.
Ao longo das
minhas mudanças, eu conhecei muitas pessoas. Centenas delas. Milhares, talvez.
Mas apenas uma, uma única pessoa
ousou me dizer, em todos esses anos, que gostava de mudar. Dizia ter o espírito
cigano (coisa que, obviamente, eu não pareço ter).
Que me dêem
licença os mudadores. Mudar é um
saco.
Experimente
mudar de casa. Mudançazinha pequena,
estou falando. Você rapidamente se verá cercado de tantas caixas, que logo se
formarão verdadeiras trincheiras dignas da Guerra Civil. E você passará alguns
bons dias andando em um labirinto dentro da sua própria sala. Foi assim comigo.
Experimente
mudar de Estado. Em pouco tempo, perceberá que terá que mudar muita coisa além da
mobília. Seguro saúde, seguro de carro, seguro de casa (obviamente), documento do
carro e até carteira de motorista. Foi
assim comigo também. Mudei criança de escola, mudei filho de faculdade; mudei
de sponsor, mudei de status.
2015 foi o
ano de mudar.
2016 não.
Não pra
mim.
E foi assim
que comecei o meu Ano Novo , com a resolucão-mór da minha lista interminável de resoluções. Não quero mudar tão cedo. Não quero mudar mais nunca.
Mas essas
resoluções de Ano Novo. Ah, essas malditas! Parecem que ficam esperando a gente,
como caçadores na espreita. Observando a
gente, ligadas nas tantas caixas - que ainda não foram desfeitas, elas ficam `a
espera dos nossos tropeços. Ao primeiro sinal de fraqueza: Bam! As resoluções nos
avisam impiedosamente que não somos capazes de cumpri-las. E carregamos
pelo resto do ano a culpa da nossa desistência.
Hoje a minha resolução-mór me pegou no ato. Mal foi o ano começar e já chegou a hora de
desmontar a árvore de Natal. E lá então,
estava eu de novo, atrás de tanta caixa, em tantas idas e vindas na garage. Lá
estava eu pensando silenciosamente… Talvez mudar seja preciso...
E , filosofando
enquanto tira os enfeites de Natal, a
gente percebe que não dá pra ficar com
um Papai Noel tamanho família no jardim o ano inteiro. E nem com as luzinhas.
Amo as luzinhas! Mas não dá. A guirlanda da porta também tem que sair.
Acho que é
mais fácil ser bicho - penso sozinha enquanto guardo o último boneco de neve. Animais
têm feito a mesma coisa há milhões e milhões de anos. Comem as mesmas coisas (
nunca vi um leão vegetariano); e caçam as mesmas presas; e fogem dos mesmos
predadores; e moram nos mesmos lugares. É mais fácil. Sem dúvida. E, embora
ninguém negue que somos semelhantes em muitos aspectos aos animais, também ninguém
nega que somos diferentes.
Mudar é parte disso. Não falo de mudar
por um alteração climática ou um desequilíbrio ecológico. Sob pressão, até planta
muda! E mudam células, bactérias, virus...
Até proteína muda!
É preciso mudar, sabe? Mudar sempre. Em 2016, como em
qualquer ano. É difícil, mas precisa. Mudar é coisa de gente.
Mudar de
roupa. Mudar de cara. De corte de cabelo. Mudar de mobília. Mudar de decoração.
É preciso até mudar de ideia. E de opinião. E de partido politico. Nem dói
muito…
Para falar
a verdade, o processo de mudança também
não vem assim tão natural para nós, seres humanos ( a gente também é um pouco
bicho, não é?) E a gente chega a sofrer,
porque não quer mudar. A tal zona de conforto é (surpreenda-se!)uma zona
bastante confortável.
A gente
muda porque precisa mudar. Mas a
gente também muda porque quer mudar. E
isso faz toda a diferença. Querer mudar.
Mudar é uma
decisão que se faz todos os dias. Mudar pra ser mais feliz, mudar pra fazer o
outro mais feliz. Mudar porque quer corrigir os erros cometidos, mudar porque
quer uma chance de acertar. Mudar pra
alcançar novos alvos, conhecer novos amigos. Mudar para melhorar o que tem em
volta. Mudar pra melhorar a nós mesmos.
Ainda a
primeira semana do ano não terminou e a minha resolução-mór da minha lista
interminável de resoluções já foi para o espaço.
Chamem de desistência. Ou de falta de perseverança. Ou do
nome que for.
Eu chamo de mudança.
Pra 2016 e para todos os dias.
O link para o artigo da revista é essa aqui: http://www.revistabrasilianas.com/abaixo-a-mudanca/
Eita mudança... kkkkk... pois é minha linda... mudança tem momento que cansa demais... mas mais cansa é ouvir o ser humano falar em mudança e chega no final do ano e nada mudou... se vamos mudar que seja para melhor né? Bjs
ResponderExcluirVerdade, amiga! Nem que seja só um pouquinho. Melhor devagar do que parado! Beijo!
ResponderExcluir